Em outubro tem eleição,
Todo o Brasil tá sabendo.
Vamos prestar atenção
Em quem a gente tá elegendo.
Pois roubalheira e corrupção
É só o que estamos vendo.
Por isso, digo a vocês:
Para o candidato – Olhem direito!
Pois tem todo tipo de bicho:
Eles só querem dar um jeito
De se eleger, se vender ao sistema
E tratar o cidadão sem respeito.
Fico até me perguntando
Se isso é coisa certeira:
Associar os animais a
Essa gente trapaceira.
Mas minha poesia trabalha
Pra verdade verdadeira.
Por isso, peço licença
A todo o mundo animal
Pra fazer esse cordel
Mostrando a personalidade real
De muitos dos candidatos
Da disputa eleitoral.
Tem o candidato frango,
Que se diz novo no galinheiro.
Mas, eleito, “solta a franga”
E se revela um trambiqueiro:
Aliado do dono da fazenda,
Esquece seus amigos de poleiro.
Tem o candidato gato:
Vive se esfregando no eleitor.
Depois de eleito, é só leitinho,
Só quer cama e cobertor.
Pra os que lhe davam carinho,
Revela-se um traidor.
Tem o candidato macaco,
Que faz a “mó” graça pro eleitor.
Faz todo mundo sorrir
Com todo seu bom humor.
Mas quando chega ao poder,
Só quer um galho melhor.
Tem o candidato abelha:
Suas palavras são um mel.
Mas, depois de eleito,
Manda o eleitor pro beleléu.
Passa a distribuir ferroada
Pra aqueles que lhe achavam fiel.
Tem o candidato camaleão:
Você nunca sabe de que cor ele tá.
Numa eleição, está de um lado,
Na outra, do outro lado vai parar.
Muda conforme o dinheiro
Que em seu bolso vai entrar.
Tem o candidato gavião:
Que se considera o maioral.
Já não empolga nem assusta,
Mas não admite que está no final
De uma carreira feita de orgulho
E arrogância com o reino animal.
Tem o candidato papagaio,
Que toda palavra lhe é ensinada.
Não fala por si, não tem voz própria,
Apenas repete a frase falada.
Conquista o voto e chega lá,
Esquece as promessas e não fala nada.
Tem o candidato avestruz:
Parece humilde, honesto e “fraco”.
Mas é só chegar no “bem-bom”,
Revela-se um forte velhaco.
E se lhe mostram a verdade,
Enfia a cabeça num buraco.
Tem o candidato cachorro
Que late muito protegendo o lar.
Mas logo depois de eleito,
Se jogam o filé, lá vai ele pegar.
Esquece todo o latido (digo, discurso),
Pois só quer mesmo é “se arrumar”.
Tem o candidato bem-te-vi
Que canta pra nele a gente votar.
Assobia pro eleitor “bem-te-vi”,
Quando o nosso voto quer ganhar.
Depois a música vira “nem-te-vi”,
Quando, no poder, já está.
Mas ninguém pode esquecer
Que é o bicho-homem que é eleito.
E é a ele que devemos cobrar
Cidadania, ética e respeito.
Não podemos ficar só esperando
O resultado do pleito.
Como um cantador vivido,
Digo sem tremer a voz:
O sistema eleitoral é cínico,
Enganador e atroz.
Para melhorar o mundo,
3 comentários:
Amor,
Companheiro de grandes jornadas.
Você é um grande escritor, gostaria de ver suas obras publicadas. Vamos em frente.
Annes
A cada obra sua que eu vejo, mais eu tenho certeza que voçê é uma criatura que deus enviou para nossa Pio XII.
A cada obra sua que eu vejo, mais eu tenho certeza que voçê é uma criatura que deus enviou para nossa Pio XII.
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